terça-feira, 5 de outubro de 2010

28 horas no Trem da Morte

Ao chegar na rodoviária para comprar as passagens ficamos sabendo que o trem para Santa Cruz só sairia as  17:00 hs , teríamos que amargar mais 10 horas de espera em uma cidade que na sombra a temperatura chegava aos 40 graus.Compramos as passagens e voltamos para a fronteira e carimbamos nossos passaportes na Aduaneira, decidimos voltar ao centro de Corumbá e conhecer melhor a cidade.

Na parte da tarde voltamos a  Quirrazo para almoçar e esperar a chegada do Expresso Oriental vulgo (Trem da Morte ), como previsto as 17:00 hs estávamos instalados em um dos vagões do trem, eu não tinha palavras para descrever aquela composição era uma coisa assim um tanto quanto estranha com um trafego anormal de pessoas, notei que após a saída do trem ainda entrava gente correndo e jogando suas bagagens.

O trajeto normal é feito mais ou menos em 18 horas, mas como estávamos com muita sorte o trem quebrou e acrescentou-se mais dez hora de viagem, o calor era insuportável tando na parte do dia como a noite a unica diferença era que a noite tinha muito mosquitos.

No meio da viagem chegou a faltar água,tivemos que nos virar com pacenha (cerveja local) a comida dava medo de olhar sorte que antes eu tinha me abastecido de pão e bolachas, mas o pior era a minha insegurança eu não sabia se dormia ou cuidava da minha bagagem alias eu ia me esquecendo como não tinha água as pessoas bebiam mais cerveja e como mais uma vez eu contava com minha sorte tive que aguentar a aporrinhação de um Boliviano bêbado que gostou da minha cara.

Estavamos quase chegando a Santa Cruz de La Sierra.



segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Realizando um planejamento de viagem

Já havia lido algumas matérias sobre Machu Picchu em revistas, jornais e livros de história nessa época eu costumava frequentar vários sebos e livrarias foi quando um dia procurando livros de roteiros de viagem encontrei um sobre Machu Picchu do autor Sergio Motta .

Comprei o livro e comecei a ler, quanto mais eu lia sobre o assunto e o lugar eu ficava mais fascinado o estilo de viagem era um tanto quanto alternativo e desafiador, mas não era uma novidade, pois eu já havia feito outras viagens nos mesmos moldes.

Três meses antes de viajar para o Peru comecei a me preparar e planejar melhor viagem da minha vida, viagem essa que viria ser uma das maiores experiências de vida e cultural decidi ir de São Paulo a Machu picchu sozinho no estilo mochileiro  com data marcada para o dia 14/10/1996   

O livro na realidade era um guia de viagem perfeito dava muitos detalhes para quem queria viajar sem luxo e a baixo custo, o trajeto seria chegar a Machu Picchu de trem e ônibus e foi assim que fiz toda a viagem.

Montei meu roteiro com base do roteiro feito pelo Sergio Motta decidi quanto iria gastar em dinheiro mais ou menos uns U$1.000, fora esse valor levaria também um cartão de credito internacional para futuras necessidades e gastos extras também tinha que tirar meu passaporte e tomar umas vacinas obrigatórias.

Na ocasião entrei em contato com um amigo que tinha feito esse trajeto anos antes com ele consegui varias dicas que foram muito validas, ele também me alertaria sobre os perigos e os  cuidados a serem tomados por se tratar de um País perigoso, ainda mais por existir nessa época um grupo terrorista de nome Sendero Luminoso que estava na ativa.

No dia 16/10/1996 as 10:00 hs eu já estava no ônibus da Aviação Andorinha rumo a cidade de Corumbá seriam aproximadamente vinte e duas horas de viagem até a cidade do Mato Grosso, não tive problemas para me enturmar com a galera, mas eles contavam algumas histórias que fez eu ficar meio apreensivo .

Depois de algumas horas de bate papo as coisas mudaram e o clima acalmou, na primeira parada do ônibus conheci duas pessoas que viriam a serem meus companheiros de viagem até um trecho do caminho, um era Boliviano e o outro Peruano ambos se chamavam José Luís esse contato iria me ajudar muito, pois com eles eu já iniciaria um curso rápido de espanhol na prática e na marra.

Chegamos a Corumbá no dia seguinte as 06:00 hs, a maioria das pessoas desceram na rodoviária eu e meus novos amigos descemos na fronteira atravessamos para a Bolívia a pé e depois tomamos um táxi para a rodoviária de Quijarro onde iríamos comprar passagem de trem para Santa Cruz de La Sierra.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Machu Picchu um caminho para outras Culturas
















Andei pensando muito como poderia escrever meu primeiro post e qual seria o assunto a ser tratado, gostaria de unir o útil ao agradável para que esses escritos não fossem apenas um relato comum de uma viagem de férias, mas sim a busca de uma relação social e cultural entre pessoas de outros Países.
Confesso ter pesquisado em outros blogs que tratam do mesmo assunto para ter uma idéia e não me tornar repetitivo, mas quero seguir uma linha diferente, o intuito é trazer para  os leitores o que vivenciei naquele momento para que sirva de suporte para pesquisas futuras   podendo ajuda-los e encoraja-los a planejarem suas viagens por si próprias.

Nos próximos posts irei relatar minha viagem a Machu Picchu no ano de 1996 , viagem essa que fiz sozinho e pelo caminho clássico, de ônibus e trem. Tentarei descrever de forma simples e concisa o planejamento e o caminho percorrido , saindo de São Paulo rumo a Machu picchu.